MAR DE OUTRORA
Junto ao precipício de mármore,
ondas revoltosas, impõe-se
contra as rochas, fragmentadas,
para depois, numa mansidão,
voltar ao mar de outrora, buscando
as próximas ondas arenosas.
Da minha lonjura, observo tudo
isto, e acentua-se tremendamente,
nas águas, o seu distinto vai e
vem, com ondas cavalo, de crinas
ao vento e galgos, de espuma branca,
enfrentando redemoinhos.
Mas onde o mar é mais plano, pontos
negros, de navios, no seu ir
algures, ou nenhures (depende de
minha imaginação), desenham-se a
a horizonte, com lassos fumos negros,
misturando-se com o azul celeste.
Algas aglomeram-se junto às pedras, e
pequenos (vistos de cima) leões-marinhos,
parecem brincar, com as verdes plantas,
que junto à costa, fazem seu poiso,
brincadeira para alguns, alimento
para outros, com alguns ovos à deriva.
Jorge Humberto
02/02/11