Coisa do Saci Pererê
No interior do Estado de São Paulo
Em Atibaia, cidade que me abraçou
Aconteceram muitas coisas do além
Assim meu afinado pai me contou.
Narrou me duas histórias
Que me encheu de espanto
Até hoje trago na memória
E para vocês agora conto.
Disse meu querido pai que certo dia
Sua mãe lhe levou café no roçado
Estenderam um pano na sombra da árvore
E começaram a apreciar o alimento sagrado.
Ouviram risadas vindo do topo da árvore
E começou a caiu um líquido la de cima
Logo perceberam que não era água
Pois tinha cheiro muito forte de urina.
Era travessura do Saci Pererê
Ser do folclore e de uma perna só
Assim disse com toda certeza
A minha querida e sabia avó.
Outro caso que contou meu pai querido
Com toda sua sabedoria e séria idoneidade
Que um Senhor em posse de sua espingarda
Andava pela mata com toda seriedade.
Ao chegar numa porteira de madeira
Viu algo estranho ali bem acomodado
Sem perder tempo com sua mira certeira
Puxou o gatilho, e seriamente foi alvejado.
A espingarda explodiu tão forte
Que o tal senhor desmaiou no local
Por pouco não viu chegar a morte
O seu alvo era coisa sobrenatural .
Assim é nosso rico interior
Fonte de magia, tradições e alegria
E com essas duas histórias de terror
Que consegui lhes passar em forma poesia.