Mundão Caipira
Quando fala se da roça
Da vida simples do interior
Retrata se a velha palhoça
E o trabalhador rural, nobre agricultor.
Muita gente muito se espanta
Com os causos arrepiantes
Daqueles de dar nó na garganta
De um mundo bem interessante.
As avós assim contam com gosto
Coisas que viram acontecer
Mesmo com o peso da idade no rosto
Não deixam tanta história morrer.
No despertar de cada dia
O caipira levanta se num estalo
E aumenta sua alegria
Com o cantar do galo.
A viola chora , canta e vibra
Com o cancioneiro caipira em expressão
Para não perder a sua fibra
Chama para acompanhamento o violão.
A criançada andam descalças e a vontade
Brincam, correm, nadam no ribeirão
Nem ligam para a dor na verdade
O que querem é lazer e emoção.
Na quermesse nos finais de semana
Surgem novos casais de namorados
Em pouco tempo se casam, que bacana
E por ali os filhos são criados.
Na casinha do agricultor, o caipira tradicional
Tem aquele café sempre fresquinho
Ele sempre agradece ao Pai Celestial
E pede que seja abençoado seu caminho.