Tu mai Eu
Se ocê num fô minha
Se insistir em num me querê bem
E inveredá proutros lados
Só purque num tenho vintém
Vai desmantelá meu rumá
Destrambeano a paixão
Vai sê cuma uma chuva sem pingo
A rapa do juazeiro sem iscumá
O pé de mio sem pendão
Num azunere minha vida
Nem destempere meu coração
Sou inchamiado de querê pur ti
Que nem nim de bem-te-vi
Que se acha no sertão
Me adissolva dessa penitênça
Cum uns sim pronuciado
Uns cheiro, uns beijo nu cangote
E purvia talvei ocê se importe
E me queira do seu lado
E aceite esse querê
E diga sem amaigura
Poi sou rico de amô
Cuma as prantas e as fulô
Que cum as abeia se mistura
E quinem uma gotêra que pinga
Aceite sê minha rainha
Cuma imbuzada cum farinha
Uma cabrita que berra no mato
A calmaria do curso dum riacho
Diga que nasceu só pa sê minha