Paixão de Arigó (Cecitonio Coelho)
Ê vinha menina da roça, tirá sossego de homi e andá que nem coruja
Zezinha, eu me apresento Antonho, sô de um terreno medonho, que nem ocê, vivo longe
Zezinha, sô de pegá bicho bravo, turcê o rabo e dá parte, pru mode que meu pai mansa
Coruja, quero pra mim só ocê
Zezinha, menina coruja, prigunte a seu pai pra sabê
Zezinha, num dia desse eu mudo de tanto ocê sabê tudo, d'eu sê um menino burro
Zezinha, um dia desse eu morro
A Deus eu peço o socorro d'ocê não me duvidá, duvidá, duvidá
Lá no mato é livre a paixão de arigó, moço tão só
Ah! se eu pudesse esquecer tanta dor, viver só de amor
Lá no mato de arigó, se eu pudesse tanta dor esquecer