CHÃO MINEIRO

NOS MAIS LONGIQUOS E DISTANTES SERTÕES DAS MINAS GERAIS

REFUGIA SE O SILÊNCIO DAS MATAS

QUEBRADO PELOS CHUAS DAS CACHOEIRAS

E SUSSURROS DOS PÁSSAROS...

TERRA MINHA, TERRA SUA

TERRA NOSSA, TERRA NUA

HOMEM CABLOCO

DESTEMIDO

O SOL EM RAIO

AINDA NO AMANHECÊ

QUEBRA O ORVAIO

NA CASA, LEMBRANÇA DO JÁ VIVIDO

POR MUITOS JÁ ESQUECIDO

MAS NO VESLUMBRE

DA TERRA

BEM AQUI NO PÉ DA SERRA

ÁGUA CORRE

PRO VALE

PINHA SE QUEBRA AO TOCAR O CHÃO

FRUTO O PINHÃO

CATA QUATRO OU CINCO MÃO

ENCHE O SACO

CORRE LEVA PRO FOGÃO

DO ALTO RESPIRA O BRILHO DO SOL

LUZ DIVINA ABENÇOANDO ESTA TERRA

TERRA MINHA, TERRA SUA,

TERRA NOSSA, TERRA NUA

MARCADA PELOS PÉS DO CABLOCO

RESTOS VERDES ALIMENTOS

PLANTASTES E COLHESTES

MILHO, ARROZ E FEIJÃO

FEZ CALO EM MINHA MÃO

AVANÇA O TEMPO RESSURGE O MOMENTO

RECANTO DOS CANTOS

SABIÁS, BEM-TI-VIS

BEIJA FLORES, COLIBRIS

FLORES VERDES MATAS

BERÇO DE MEU CORAÇÃO

MARCAS DE MEU CHÃO.

Waldeque Luiz Rosa
Enviado por Waldeque Luiz Rosa em 14/07/2006
Reeditado em 22/09/2008
Código do texto: T193773
Classificação de conteúdo: seguro
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