Noites sem Lua




“Sorvo tristeza, ausência em noites sem lua.
Quero sentimento. Chega de desencantos”
O mundo vive imerso num mar de falcatrua
Abutres e chacais vestidos como santos

Vivendo regalias sem gastar seus mantos
Casta apodrecida de essência ainda crua
“Sorvo tristeza, ausência em noites sem lua.
Quero sentimento. Chega de desencantos”

Vejo pirilampos vagueando em cada rua
E rostos tristes, cabisbaixos em quebrantos
Porque tão fraca a dignidade está seminua
Enquanto lá, há abastança naqueles recantos
“Sorvo tristeza, ausência em noites sem lua.”

Denise Severgnini
Ternurinha