sem título
Antes era um corpo.
Agora, um barco velejando e lento,
Entre dunas de um deserto
Carregando a alma de ser pequeno
Molhada no azul sereno
Ser que se permiti ser beijado em silêncio
Pela boca efêmera do tempo
Que a aprendeu a ninar toda a esperança ao relento
Sem lembrar que o que era um corpo
Agora cápsula guardando genes, germes e carbono.
Toda uma essência desprovida de qualquer impureza