Às vezes é preciso ser louco
A escritora belga Margareth..., disse que "penso que é preciso um golpe de loucura para construir um destino." E o Mutagambi, o que o incomoda?
Sentia tanto calor e em mesma proporção, necessidade de vestir o meu jaquetão, estilo Elvis Presley anos 50,
Que comprei um vôo para qualquer país alpino da Europa; e uma vez que deu tudo certo, afinal quem tem dinheiro, come picanha e viaja às suas expensas e não com a mão nos impostos dos contribuintes, estou aqui no velho mundo, com o cabelo atopetado, jogado de lado, parecendo onda de mar quebrada e brilhante à banha de porco,
desfilando ao chiado do vento, o meu velho e surrado casaco de pêlo de bode. Couro legítimo, nordestino.
Botar uma milhãozada para fugir do inferno calorento, mulher berrando, calopsita bicando o rabo, cão farejando o cio da fêmea, tráfico matando nas esquinas e aeroportos, etc, etc, etc e tal e se lançar numa temperatura congelante, sei que é loucura o que fiz, mas Velho com idoso se entendem, certo Elvis e James Fo(n)da.
Nessas andanças, sofrimentos e abastança,
nego-me afirmar que o mel é doce, mas que ratos, ladrões, serpentes, pernilongos, lesmas, etc não possuem agasalho e nem iglu, por isso detestam o frio de lascar metais, afirmo plenamente que esses bichos peçonhentos por aqui não fazem morada, aliás nem aparecem: óbvio que onde estou não tem praia, água de coco, churrasco, cachaça, funque, corrupção, samba, tráfico em todas as esquinas e sonhos, daí, fazer o quê aqui? Portanto, não é lugar apropriado para brasileiros.
Ah, sobre o mel, parece-me doce; porque se fosse fel, odiariam, detestavam, abominavam...; mas como não sigo a maioria, prefiro não acreditar no que todos ou 99% dos iguais acreditam, afinal, sou movido pelo invisível.
Do e no Invisível, construo meu caminho e encontro-me com Deus, Pai poderoso e misericordioso, para uma prosa, na qual sou orientado para os novos ventos e caminhos de vida; portanto, através do Invisível Eu vasculho a minha essência.