VERSOS SOLTOS


Sou poeta de versos soltos e:
Sento a alma na garganta
Querendo sair sem coragem
Emergencio   o sentimento
Que teima em pulsar como o coração
Divago  em nuvens indistintas
Pisoteando em solo incerto
Empresto  vontade às palavras
Que se reúnem em versos certeiros
Discordo do leitor no entendimento do anseio
Tentando explicar a todos o incompreensível
Permito a invasão de seu ser
Na exploração insondável de suas quimeras
Sou borradora de papéis... Tingidora da emoção
Cuja vertente dos versos soltos é o coração

Denise Severgnini
13h39min
20/01/2008

Mote:
Não me importo com as rimas
Alberto Caeiro ( heterônimo de Fernando Pessoa)