A tecnologia estragou tudo

Na infância dourada, onde o sol brilhava,

Brincadeiras na rua, a risada ecoava.

Papel e lápis, o mundo a desenhar,

E os amigos de verdade, prontos a sonhar.

Os dias se arrastavam, mas o tempo era nosso,

Correndo nos campos, sem medo, sem esforço.

Os jogos eram simples, a bola a rolar,

E as promessas eternas, no ar a flutuar.

Mas a tela fria, com seu brilho sedutor,

Veio sussurrar, com um tom de amor.

Conectou distâncias, mas isolou corações,

E as vozes de outrora foram só ilusões.

As amizades mudaram, agora só cliques,

Os rostos se ocultam, atrás de selfies e likes.

O carinho é um emoji, o abraço, um sinal;

Na rede da vida, tudo é virtual.

Os relacionamentos, tão frágeis, tão vazios,

Substituíram os olhos por textos e desafios.

O calor de um toque, agora é um anexo,

E o amor se perdeu no labirinto do excesso.

Oh, tecnologia, que tanto prometeu,

Transformou nossa essência, mas o que aconteceu?

A infância se esvaiu, como areia entre os dedos,

E as risadas sinceras se tornaram segredos.

Que possamos lembrar, nas horas de conexão,

Que o verdadeiro laço é feito de coração.

Desconectemos um pouco, voltemos a brincar,

Pois a vida é mais plena quando se aprende a amar.

Diogo Mairinck
Enviado por Diogo Mairinck em 03/11/2024
Código do texto: T8188812
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