A tecnologia estragou tudo
Na infância dourada, onde o sol brilhava,
Brincadeiras na rua, a risada ecoava.
Papel e lápis, o mundo a desenhar,
E os amigos de verdade, prontos a sonhar.
Os dias se arrastavam, mas o tempo era nosso,
Correndo nos campos, sem medo, sem esforço.
Os jogos eram simples, a bola a rolar,
E as promessas eternas, no ar a flutuar.
Mas a tela fria, com seu brilho sedutor,
Veio sussurrar, com um tom de amor.
Conectou distâncias, mas isolou corações,
E as vozes de outrora foram só ilusões.
As amizades mudaram, agora só cliques,
Os rostos se ocultam, atrás de selfies e likes.
O carinho é um emoji, o abraço, um sinal;
Na rede da vida, tudo é virtual.
Os relacionamentos, tão frágeis, tão vazios,
Substituíram os olhos por textos e desafios.
O calor de um toque, agora é um anexo,
E o amor se perdeu no labirinto do excesso.
Oh, tecnologia, que tanto prometeu,
Transformou nossa essência, mas o que aconteceu?
A infância se esvaiu, como areia entre os dedos,
E as risadas sinceras se tornaram segredos.
Que possamos lembrar, nas horas de conexão,
Que o verdadeiro laço é feito de coração.
Desconectemos um pouco, voltemos a brincar,
Pois a vida é mais plena quando se aprende a amar.