Com (ou sem) ciências?
Em um debate pacífico e democrático sobre Educação, (entenda educação com função social) o brazuca Brazilino Bic'alho, declarou ao alemão Fritz Freezer Frozen, que não batia bem (odiava, por assim dizer) matemática.
Fritz, usando de sabedoria e conhecimento, o persuadia, dizendo que Ele, dos fios de cabelos às unhas dos pés, é números, carne e ossos; fato que Lindomar ignorava, razão pela qual, com resto ou não, a discussão nunca chegava ao fim.
De saco cheio, o matemático mudou a metologia discursiva e indagou-o, perguntando quais livros Ele lera e o que significam as letras, formando sílabas, as quais, formavam períodos dentro das frases. Que por sua vez, formavam os parágrafos e os capítulos dos livros.
Frozen surpreendeu-se, ao ouvir de Bic'alho que Ele era radical e que letras, sílabas e palavras pouco ou nada sabia, pois ao emendar umas noutras, embaralhavam-lhe os olhos, dando nós em sua mente, culminando em ataques de loucura.
Contudo, por ser religioso ao extremo, clarificou o alemão, citando o versículo bíblico: "dizendo-se sábio, tornaram-se loucos"; encerrando de vez o debate.
Mas antes, Fritz disparou: "estão confundindo Deus com religião; ciência com conhecimento; senso comum com filosofia; bondade com justiça; razão com emoção; fome com miséria; pobre com pobreza...; etc. Ademais, loucura é repetir tudo igual e esperar resultado diferente".
Todavia, cumprimentaram-se com um sonoro: "até o fim da tripa, a vida não passa de encher linguiça". E conscientemente, ambos concordaram que em tudo: até deixar o indesejado e ainda que mal cheiroso no banheiro, é um referencial de saúde, há um pouco de filosofia, tanto numérica, quanto de letras, sílabas e palavras. Seria, portanto, o tal de "vivendo e aprendendo".