“Falei tanta besteira me tornei refém”...
Hoje o que caiu não foi uma ficha, foi uma marulha! Graças a Deus!
Eu sinto frio na barriga, arrepios com a sua parte que existe na minha cabeça. Adoro pensar nos seus dedos nos meus cabelos e sentir o arrepio subindo pelo braço, imaginando a sensação dos seus lábios nos meus, a sua língua na minha boca e os sentidos de certo e errado se mesclado até tudo parecer uma boa ideia.
Mas eu não sinto essas coisas com o você daqui... daqui do mundo real. Do você físico que poderia me beijar. Com você daqui eu sinto admiração, carinho, respeito e um amor imenso em estar na sua presença. Um amor gentil e sem maldade, sem segundas intenções.
Mas a parte de você que é minha, me enlouquece! Me tira dos trilhos, o folego, o sossego e o sono. Me dá a sensação de urgência em ter você. Loucura pura do desejo mais sincero e desequilibrado que já senti.
Mas o você que posso ver é docemente lindo e intocável pra mim, como se fosse algo sagrado que ao menor toque vai quebrar. Quebrar os laços que unimos desde então. A amizade mais sincera e querida que tenho hoje.
Aparentemente eu gosto de instalar o modo caos automaticamente quando as coisas vão bem, um modo de entretenimento que somente eu tenho acesso, participação e ideias insanas, enquanto meus olhos sorriem pra você nas conversas sobre famílias, historias do passado e planos de férias no final de ano. Hilário. Com doses de insanidade.
Quando esse tipo de situação acontece, é o momento em que me sinto grata por conseguir entender e aceitar que são as ideias da minha cabeça, que são somente meus pensamentos, que em momento nenhum teve sinais de reciprocidade e nem realidade. Me tranquiliza saber que é diferente, embora nos meus pensamentos seja imensamente mais divertido beirando o delírio, aqui é mais confortável, mais seguro, mais estável. É o correto.
Mas não sei dizer quando esses pensamentos vão embora, acho que vão me perturbar por mais um tempinho... “enquanto eu me afogo em você” , o meu de você....
“Não foi normal... Não fiz por mal”
“Falei tanta besteira me tornei refém”...