Eu escrevo há muito tempo, e confesso que algumas dessas paginas eu mesmo não entendo.
Escrevo sobre o passado, presente e o meu futuro imaginário, que recrio o tempo inteiro;escrevo sobre mim, sobre os amigos mais próximos, e também sobre aqueles que já foram próximos, mas hoje, não sei bem justificar.
Escrevo sobre céu, terra, o meio termo, as flores do campo, as musicas que saem pelos alto-falantes, o papel de parede da tela do computador, sobre dores alheias e para os mortos, física ou não.
Escrevo sobre princesas, mulheres, corações quebrados, a chuva que cai de mansinho, feridas abertas e sonhos, fáceis de alcançar ou não. Sobre o doce e louco amor, sobre amar e ser amado e o amar e ser desprezado, como tantos, já ocorreu aqui também.
Escrevo sobre os diversos lados de mim, meus desejos, brincadeiras, os gostos e desgosto de uma vida jovem que amadurece com o tempo, no seu próprio ritmo de dança, com passos meio desajustados, mas lindos há sua própria forma.
Escrevo a muitos anos, muitas vezes são desabafos na forma mais pura da palavra, para compreender sentimentos que afloram não sei da onde e que fazem sorri e chorar ao mesmo tempo. Para entender o meu crescimento pessoal e os passos que dou em direção dos meus planos, do meu futuro que apesar de ser rotulado com imperfeito por muitos, é na medida perfeita para mim, que também não tenho as medidas tão perfeitas assim.
Escrevo por diversos motivos, e algumas vezes não lembro nem dos motivos iniciais, mas continuo escrevendo, acredito que no final das contas, ou das linhas, escrever é como viver a vida, embora alguns passos errados, ou a palavra escrita apagada diversas vezes, apesar das marcas que carregamos na vida o caminho é sempre para frente, sempre buscando dias melhores.
