NO AMOR, RECOMEÇO

 

Serpenteiam os meus pensamentos vãos

Emudece a minha voz já tão calada...

Metade do que sou flui em disparada

O outro meio sepulta-se em imersão

Aquilo que fui, é página de livro virada

A atmosfera do meu eu teve evaporação

Anestesiou a ânsia da minha perpetuação

Hoje, recomeço como um sol na alvorada

Penso existir por capricho puro da poesia

Essência sutil de uma alma em mudança

Os pensamentos ressurgem do que existia

A colheita será fértil e de fina casta...

Sou ser em evolução, de difusa andança

Que para feliz, somente o amor já basta.

 

Denise Severgnini

14/01/2008

10h26min

 

 

MOTE:

 

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