COMUNISMO DAS VOLÚPIAS

Quero não ter pudor para os sentimentos

Incendiar o seu corpo ávido,

como um pavio usando fósforo com a boca.

Quero o comunismo das volúpias do fogo íntimo,

Desativando tudo que faz do sexo máquina sobre

uma lógica fria e calculista.

Quero a insurreição da rebelião dos desejos

sobre os antagonismos sem meios de expressão,

o direito de ousar tudo perante um enfadonho gozo imediatista.

Quero transar sobre teatros, pinacotecas, exposições e livrarias.

Para não poder mais separar à arte da vida,

e nem ao menos a sensibilidade, da imaginação e da curiosidade viva.

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 16/03/2024
Reeditado em 16/03/2024
Código do texto: T8021219
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