Devido o contigente de Leitores:
Ainda não tomei e nem degustei a decisão final, mas certo é que estou evitando escrever. Escrevo dia sim, noite sim, noite sim, dia sim e outro dia e noite, sim. Embora ainda com essa frequência, muito fôlego e abundantes palavras, ainda, estou evitando escrever.
Exatamente...; em compensação, outros escrevem sobre o amor. E deve ser formidável escrever sobre o amor, creio até que tais escritores amam demasiadamente, - aliás, a humanidade deve ser escritora, pois é comum ouvir um ser amoroso dizer que morre por amor - contudo, Eu não tenho mínima ideia sobre o tema; e em águas desconhecidas não deve-se mergulhar. Metáfora, metáfora e princípio de preservação de vida, apenas.
Outros escrevem sobre o nada. Huuum, o nada. Não consigo enxergar o nada, todavia quem muito imagina e pensa, "viaja na maionese" - outra expressão bastante popular por aqui, por aí, não sei - aí imagino que disserta fácil sobre o nada.
Outros escrevem poesias. Tais versados nessa categoria literária dispensam comentários; afinal, o que um maltrapilho de inteligência e letras falaria sobre Fernando, ainda que Ele não fosse nobre e cara Pessoa. Pessoa é pessoa e ainda que com todas as letras, - minúsculas e sobrando sílabas- quase completa; e quando Fernando vem antes de Pessoa, Poesia é sobrenome.
Eu? ora Eu, Mutagambi, escrevo ou escrevia - ainda estou decidindo - coisinhas desprezíveis, inócuas, sem nenhum valor moral / ético - diria que escrevo coisas inescrupulosas - sobretudo, sórdidas coisinhas provoca dores. Se pensas ler-me ou me ler - a ordem do pronome não altera a revolução comportamental do escritor - consulte seu médico cardiologista.
E por favor, não queira hoje, daqui a pouco, assim que despertar, ser outra pessoa; porque Fernando Pessoa só existiu um em Portugal, na Europa, no mundo; o qual escrevia sobre o amor, mas Eu nunca soube se Ele amava ou não; o que Eu sei é que Escritor mente.
Outra coisa que Eu sei, é que morrerei mentindo. Destarte, até os minutos derradeiros. Muito obrigado, felicidades intensas por velar-me todos os dias; e bom dia. Vida longa, leitor!
Com desvelo, espero ve-lo - sem vela, novelo e na tela, nada de novela, por favor - no próximo texto. É só liberar este que está na capa do site, que logo, rápido e rasteio, Eu volto.