Humorista Maldito
Em dois quadros dos programas do Jó Soares, dentre as inúmeras frases de impacto, minha pena apontam duas: "têm pai que é cego"; a outra: "tá todo mundo enrolando?" E os costureiros / noveleiros (enroladores de lã) respondiam: "tá todo mundo enrolando".
Peço perdão aos essenciais, esses bravos senhores e senhoras foram heróis e muitos perderam o maior bem que possuíam, que é a vida, para escrever que foram 2 anos parados, inertes, sem se mexer, praticamente, sem levantar um cisco do chão; e após 2 anos de término da turbulência, o brasileiro já está cansado. Cansadíssimo, no superlativo, sem exagero de escrita.
Jô jamais imaginou que o mundo passaria por uma Pandemia, no entanto, o maldito conhecia seu povo, amiúde, como ninguém. Provavelmente, por que os dentes de Chapeuzinho Vermelho caem, mas Ela não muda de caminho para ir à casa da Vovozinha.
Parafraseando o humorista, que também cunhou o "cala-te boca"; digo: "se não parar de escrever o cotidiano de seu povo, quebro-te. Deixa o povão descansar em paz, pena maldita!"
Jô foi para o descanso definitivo, porém deixou legado. Não no maldito humor, (a democracia aplicada nos dias atuais é seríssima e sob risco processual, humor nem pensar) mas no merecido descanso.
Boa tarde e boa pestana!