Ferro de Engomar

Para os Ouvidos,

Ouvirem,

Os Cotovelos falam que o pensar,

Rompem-se em palavras,

E as palavras,

Fecundam os atos.

Longe de ser exemplo,

Eu penso sobre solidariedade,

Empatia,

Honestidade,

Simplicidade,

Trabalho.

Como os meus Cotovelos não falam,

Minha mente pensa,

O que deveras sou:

Ultra passado;

Vivendo um mundo de roupas novas,

No qual,

Não há mais brasas acesas para aquecer-me.

Destarte, tudo passa,

Eu passei...;

E peça de museu sem valor,

Ninguém compra,

Ninguém quer,

Sem efeito,

Não repassa.

PS.: falas de Lula, ex-detento:

"O Brasil é só um povo;

Agora, falta restaurar a paz".

Durma com esse falaz foguetório de um ferro de engomar.

O despontar da essência

De dentro,

Do interior do caule,

Veio desenrolando o canudo:

Um pouco hoje,

Outro pouco amanhã,

E seguiu desenrolando,

Sem fazer-se notar;

Até que,

Da noite para o dia,

Aos adormecidos,

Aparece uma pujante,

Bela,

Verde folhagem:

"Seja bem vinda,

Completa sou,

Se em mim,

Mais uma folha Eu possuo."

E nela,

O romântico,

Escreve suas dores,

Sonhos,

Arco-íris 7 cores,

Idas e vindas,

Encontro e desencontros,

Camas, edredons e lençóis,

Amores.

Rompante:

Num lapso do coração,

Os olhos fecham-se,

E os lábios expõem suas maciezes,

Suavidades,

Ternuras;

Enlace de línguas,

Nudez de duas criaturas,

Espasmos de dois corpos;

Se bem feito,

Com ou sem decência,

Nasceu nas profundezas da essência.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 25/12/2023
Reeditado em 08/01/2024
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