Ferro de Engomar
Para os Ouvidos,
Ouvirem,
Os Cotovelos falam que o pensar,
Rompem-se em palavras,
E as palavras,
Fecundam os atos.
Longe de ser exemplo,
Eu penso sobre solidariedade,
Empatia,
Honestidade,
Simplicidade,
Trabalho.
Como os meus Cotovelos não falam,
Minha mente pensa,
O que deveras sou:
Ultra passado;
Vivendo um mundo de roupas novas,
No qual,
Não há mais brasas acesas para aquecer-me.
Destarte, tudo passa,
Eu passei...;
E peça de museu sem valor,
Ninguém compra,
Ninguém quer,
Sem efeito,
Não repassa.
PS.: falas de Lula, ex-detento:
"O Brasil é só um povo;
Agora, falta restaurar a paz".
Durma com esse falaz foguetório de um ferro de engomar.
O despontar da essência
De dentro,
Do interior do caule,
Veio desenrolando o canudo:
Um pouco hoje,
Outro pouco amanhã,
E seguiu desenrolando,
Sem fazer-se notar;
Até que,
Da noite para o dia,
Aos adormecidos,
Aparece uma pujante,
Bela,
Verde folhagem:
"Seja bem vinda,
Completa sou,
Se em mim,
Mais uma folha Eu possuo."
E nela,
O romântico,
Escreve suas dores,
Sonhos,
Arco-íris 7 cores,
Idas e vindas,
Encontro e desencontros,
Camas, edredons e lençóis,
Amores.
Rompante:
Num lapso do coração,
Os olhos fecham-se,
E os lábios expõem suas maciezes,
Suavidades,
Ternuras;
Enlace de línguas,
Nudez de duas criaturas,
Espasmos de dois corpos;
Se bem feito,
Com ou sem decência,
Nasceu nas profundezas da essência.