Revivendo a escrita
Não adianta o quanto eu fuja da escrita. A vida sempre dá um jeito de cumprir o seu destino. Por vezes penso se não somos meros bonecos do destino. Numa sinceridade de um momento, nas pupilas de um amigo. Amigos de honras e desonras, aprendemos do mestre tudo aquilo que se firmou a tanta cruz e bonança. Contraditório falar de si mesmo, é sempre esse tom a ermo, a viajar eterno nas lembranças de um viver. Sempre é hora para mais, algo mais que viver na espera do nunca mais. Acordar para a vida nunca foi tão amena, lida difícil de encarar, girou serena, mostrando o in e yang da leveza. Talvez tu me digas -- eu que nem sei o português, cantou vocês na sua melhor proeza: algo diferente para se amar.
Cante-me santificado manto
É hora de se fazer acalanto
Nunca mais pisando em prantos
Nas areias desse ido mar
Vou-me como quem não espera
A morrer nos versos de um cantar
Tantas as formas de encarar
Uma minuta
Uma muda silhueta
A embalar
Sicuta
Absinto
De se provar
Vou-me nesse cântico
Até os confins encontrar
Uma nova frase pra rimar
Humorar o seio
Da fleuma que corre em minhas veias
Ceias, cearas, sementes
De ilusão
Do fim permeias
O início do levar
Quando me vejo no fim
Estou no início desse amar
Mar de mar de mar de mar...