Por que escrevo?

Por que escrevo, afinal? Quem é que me lê? Escrevo para mim? Escrevo para a parede, para um outro alguém? Escrevo para o meu futuro, para as minhas vozes? Por que é que eu escrevo? O que quero escrever? Eu não sei ao certo o que me aguarda no futuro, mas gostaria de continuar sendo um escritor. Mesmo sem um porquê.

Escrever me faz bem, queria viver escrevendo. Queria ter energia, fantasia, força, vontade, imaginação para escrever o tempo todo. Sem medo das críticas, sem medo de ser repetitivo, e repetitivo, e repetitivo, e repetitivo, e repetitivo e mais um pouco repetitivo. Escrever me faz bem quando não é uma obrigação. Gosto de colocar para fora o que eu penso, o que eu sinto, o que eu sonho, o que imagino.

Escrever é um exercício, um confronto, uma batalha, uma guerra, um conflito. É uma vitória, uma derrota, um sucesso e um fracasso. Escrever é tanta coisa que eu nem tenho vocabulário para falar. Talvez eu precise ler mais além dos artigos e livros científicos. Preciso de um pouco de literatura e leveza.

Escrevo porque sou escritor, sou um anti-herói cujo poder são as palavras. Dizem por aí que sou poeta, mas eu gostaria mesmo de ser conhecido como escritor. Somente isso. Ser poeta é uma insanidade e estou tão cansado de enlouquecer entre emoções e rimas, métricas e sentimentos. Eu já fui poeta, hoje quero ser artífice das palavras.