Excertos para o Novo Ensino Velho

"É, terminantemente, proibido entrar com faca, alicate, machadinha, revólver, celular e drogas na escola.

Aos invés dos objetos citados, se possível, levem cadernos, livros, caneta, lápis, a miopia educacional, uniforme e a mente limpa. Os óculos é item opcional.

Lousa, cadeiras, mesas, merenda, professores, Bolsa Família, água, manutenção dos objetos e do espaço físico, giz, etc, são de responsabilidade dos governos."

Por uma nova educação de ensinamentos e lições velhas.

Quando Eu perdia meu tempo indo à faculdade, ouvia de meu estúpido e ignóbil Pai, que o "intelectual hoje, será o corrupto social amanhã".

Aos honestos e sinceros de palavras, um pacote de tapioca. Detalhe: exceto os 20 filhos de meu Pai, quem come beiju de tapioca, sai tapiado;

Quem está na estrada, é beduino sem camelo ou sem dromedário, atravessando desertos, cumes e baixios sem fim.

Engana-se quem pensa que as estradas são para os solitários; ao contrário, é o encontro da humildade das pernas com o equilíbrio emocional da mente.

Na frente do inimigo, a melhor maneira de falar o idioma dEle é por mímica; e tudo que Ele entender, poderá ser negado pelo emissor gestual.

Ao invés de contemplar o silêncio, apreciar o despontar do Sol no horizonte, ouvir o gorjeado dos pássaros, confabular com as flores e refletir sobre a prática do bem, a nossa gente desperta com os sentidos atentos e aguçados nos telejornais; no qual antes de iniciar a matéria o apresentador diz: "olha a faca; veja a 765"!

Praia é sinônimo de megalomania, aposentadoria e sedentarismo.

Não tenho ouvidos para quase todos os estilos de ruídos, porém, eles distraem-se bastante com os sons dos ventos, afinam-se com o pororocamento das águas e aguçam ao chamado do silêncio. Não sou surdo.

Ufa, como o falar das estrelas uma ao pé do ouvido d'outra é, audivelmente, belo. Não sou cego!

O pobre brasileiro ou o brasileiro pobre, é esquisito: quer levar a vida na bamba, sobrevivendo com as imediatas ninharias de dinheiro assistenciais de governo, exige picanha no prato, cerveja Heineken no copo, automóvel no valor de muitas centenas de dólares nas mãos e quando viaja, prefere hotéis 5 estrelas.

Tudo isso, sonhando, caminhando para trás, assoviando, tocando samba.

Ó pobre, te manca, antes que o estômago, a preguiça e a vagabundice, te espanque; por que tal e qual em o livro Macunaíma, escrito em 1929, autoria de Mário Andrade, "dói, dói, dói; e após o protagonista abrir a bocarra dos deuses, estalar os ossos e bocejar, completa: aii, que preguiça".

Ao longe, bem lá nos recônditos do imaginável, o céu desnudo de preconceitos e dogmas, banha-se nas águas azuis do mar; e tudo é entendimento, liberdade e placidez harmônica paisagística entre céu e mar.

Pense em fim de feira: em tudo que é abundante e a produção é em larga escala, o pouco reciclável, não é de qualidade seletiva.

Se lestes o combo "Com faca, sem feique" de pensamentos, corre sério risco de riscar-se; ou melhor, a jugular,

cortar.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 05/04/2023
Reeditado em 09/04/2023
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