Eu li em Português:

O vento frio uivava. Gotas de orvalho floculavam. Neve. Vidas e tochas de cabelos em movimentos. Na camiseta de uma moçoila que passeava as pernas e as vistas pelas ruas de Oslo, capital da Noruega: "Planejamento e organização"; foi a inscrição que li.

Deveras, lá é tudo limpo, transparente, planejado e organizadamente, executado. O povo, ora o povo é frio. Gélido de poucas palavras, contudo, aquecido pelas vestes do respeito mútuo. Cada um que se diz cidadão, honra a nacionalidade norueguesa, bem como o disposto em Constituição. Em nome da cidadania do bom senso, o conjunto de leis é mero formalismo; mas se preciso for, a lei vasculha, fareja as passadas do bandido forasteiro infeliz, inexoravelmente.

E o que Ela estava fazendo lá, retornei à terra 10organizada sem saber!? Sou brasileiro e do que Eu deveria saber para chamar-me de cidadão, não sei de nada...; Sou desengonçado, intrometido ao que não me interessa, sorriso murcho pela falta de dentes na frente, mas em compensação, ganho um salário mínimo, por mês.

Bem, para não levantar um mínimo cisco, é grana demais. É tanta grana, que dá até para viajar e conhecer o significado de civilidade, frieza, comprometimento, responsabilidade e cada um cuidando de sua vida, harmonioza mente.

Óó, Eu leio em português e escrevo em noroeguês!!

"Os céus proclamam as glórias de Deus; e o firmamento anuncia as obras feitas pelas mãos do Criador de todas as Coisas". Salmo...

Muitas, a maioria das tragédias que ocorrem de quando em quando, são proezas das mãos humanas, mas o resplendor da transcendência que emerge naturalmente das profundezas da terra, é a paz celestial cobrindo, sobrepondo o Planeta Terra. Por sua vez, a intempérie arremata as obras provenientes das mãos de Deus.

E em razão de tanta beleza, diante de tanta diversidade biológica e riqueza cultural, das 14 letras que compõe a palavra transcendência, o Brasil possui no mínimo 3. E uma delas chama-se Serra do Aracá. Intocada, a Serra Aracá com seu cinturão verde de puro oxigênio, não se deixa serrar.

As 11 letras restantes da mesma palavra, Deus dividiu-as com alguns países dos demais continentes.

Brasileiro, povo que se vende por qualquer naco de picanha - picanha, onde? - não merece a transcendência ofertada pelo país a Ele; pois prefere a manutenção da pobreza, do vazio, da alienação, da infecunda migalha, do samba, do futebol, etc; fazendo-o permanecer no profundo provincianismo, modernamente, tecnológico. Empunhou um celular na mão, chamou o Google.

O lamentável provincianismo brazuca é picanha nobre para os gringos; e Eles por serem cosmopolitas e dominam o mundo, deleitam-se, lambuzam-se com a iguaria tupiniquim.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 15/03/2023
Reeditado em 15/03/2023
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