Dali e o tempo.
Tentei descobrir
qual a dialética
na dislexa retórica
da lógica entornada
por sua fala.
Tara de nerd.
Comportamento
de quem viaja
sem remos,
vela ou motor,
mas não evita o mar
sem boa jangada.
O mar vira outro
universo quando
naufragados, tentamos
alcançar algum lado.
O outro sempre
tem endereço incerto.
Enxerto pensante
a enxotar nossa vida.
Como não exortar
esse universo outro?
Continuo tentando
digerir suas ideias,
dialéticas, nem tanto.
Dislexas, muito menos.
Retóricas do encanto.
Nesses cantos
de beiras e tons,
cantoneiras e sons.
Perder-me em goteiras,
ou entre os comas?
Nuances de cores
a matizar outra vida
que nem se enxerga.
Pelo menos, não
pelos mesmos olhos
que lhe degusto
deposto de todo senso.
Avaliação.