Navios distantes
Suas palavras quebraram meu coração igual você já fez outras vezes. Mas dessa vez foi diferente, a fênix decidiu por descansar em paz. É algo que não tínhamos muito o que fazer, tivemos que separar o amor do racional. Respiro profundamente sentido sua falta enquanto você tenta limpar a merda que fez.
Tudo parece acontecer tão devagar. O tempo não quer curar feridas. Você continua sendo uma merda de homem mesmo eu te amando tanto...
Eu nunca deveria ter discordado que não fomos feitos um para o outro. Dois navios realmente não cruzam a mesma travessia, não na mesma noite, não no mesmo local. E mesmo que eu repousasse minha cabeça em seu peito, você diria que eu sou seu amor só para fazer eu permanecer provando suas mentiras. Deitaria em seus braços vazios lembrando que esta decisão nunca me faria bem. Você pediria desculpas se fosse conveniente para você, certo? Pois bem, acabou e é hora de retornar para casa. Como sempre, deleito em minha cama solitária com vários pensamentos vazios.
Nunca elaborei memórias que fosse me arrepender, mas terei de aprender a te esquecer. Vamos deixar acontecer o que já deveria ter acontecido, pois preciso de cuidar apenas de mim. E agora é difícil compreender, por que deixei me envolver tanto. Acreditei que você seguraria minha mão. Você me pareceu tão certo...
Mas o mundo girou devagar e desmoronou. O rio não retorna por onde passa. Reconheço em você o som do amor, mas já aprendi a lição final.
Somos solitários navios no mar de amar seguindo mapas diferentes.
Então parta, e por mais que eu sofra, não volte mais.