O tempo passa meu caro. Quando eu leio coisas que antes eu achava estupendamente brilhantes, hoje não conseguem sequer tirar um brilho de meus olhos. Embora eu pareça ser depressivo ( e na maior parte do tempo que escrevo estou neste estado ) escrever me fazia bem, mas uma hora, uma determinada maldita hora, o tempo conseguiu retirar de minh'alma a alegria de transcrever o pouco que meu espírito conseguia soletrar pra mim. Ao longo da minha jornada, descobri duas coisas: o tempo passa; o tempo é cruel. De tão cruel tudo que sobra dele são lembranças, nada além. Esse é nosso mártir, ser torturado por elas. Talvez, e vulgarmente, podemos chamá-lo de maldição. Talvez, apenas talvez... Com o corpo jovem e a alma frágil, não espere de mim palavras sempre belas. Em alguns momentos elas existiram (talvez ainda existirão), mas minhas dezenas de textos relatam o quanto doeu respirar por mais um único e mísero dia. Às vezes paro para pensar, 'como fui forte em ter coragem de acordar mais um dia'. Outros momentos penso, 'que azar de mais um dia acordar...'
E sei que até então, nessa breve descrição de perfil, fui extremamente egoísta em minhas lamúrias, mas confesso e adianto que se daqui você se embriagou de amargura, recomendo não prosseguir. Aqui se encontra meu mini-diário, repleto de riscos de minha alma e de minha história. Aqui se encontra sonhos mortos, desejos escassos, amores e promessas quebradas. Se procurar a fundo, também encontrará pequenos restos de ilusões a quem julguei um dia amar. Pequenas imensidões isoladas. Um pouco de romantismo para um mundo de fracassos...
Sobre meu sonho? Ainda penso em ser autor. Talvez. E se ainda assim leitor teimoso persistir em me ler, te apresento meu mundo. Seja bem vindo nele.