A MENSAGEM DA CANETA

Hoje peguei-me segurando a caneta e, percebi que com leveza, a cada tracejar verbalizava,

Ela de mim nada escutava,

Apenas a voz Consciente do coração que, lá do centro do Ser sussurrava:

-Vá, escrevaaa.

-Mas escreva sem isso que chamam de dor.

-Pois a dor não existe, é apenas o engano que o ego criou.

-Vamos, escreva por favor e, revele o que Sou...

-Sou o Amor em cada sintonia,

-Sou um dos corpus mais sutis em cada energia,

-Sou o silenciar na alma barulhenta,

-Sou o alimento dà alma sedenta,

-Sou o Luzir na escuridão,

-Sou o porvir aos que existirão,

-Sou o Verbo da canção...

-Sou o oposto da inconsciência,

-Sou a Verdadeira essência...

-Sou o que Sou...

Após este último verbo a caneta não mais tracejou,

Pois a mensagem já foi passada,

E agora ela repousava,

Em cima do papel que a pouco lhe amparou.

Débora Ananda
Enviado por Débora Ananda em 18/06/2022
Reeditado em 18/06/2022
Código do texto: T7540484
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