QUANTOS SOMOS AGORA?
Fr(aturas)
fissuras que cor(rompem) figuras
nas alturas do poder
poder sem ter lábia pra dizer
falácias em palácios
e camêras vigiadas seletivas
cegando o que não se pode ver
O País soterrado, deslizando morro abaixo
afogando o descaso nas águas sepultantes
vidas submersas...lama que calada clama
sobreviventes revisitando a teoria do caos
Tantas mortes no geral pandêmico, sobre(naturais)...normais...criminalizadas...
marcadas...previsíveis...auspiciosas
Quantos somos agora?
Seleção natural?
Censo por aproximação ou contagem regressiva?
Quem somos?
O quê somos?
Somos tantos e tão poucos
Somos massa...sovada...abafada...moldável
quiçá se desanda...descartável...refugo do pão que o diabo amassou
Filhos de Deus...seus...meus...resistentes na fé
sem entregar os pontos que contornam as nossas cicatrizes.