Meu distintíssimo Senhor.
E chegas justamente durante a queda…
Sempre quando estou entregue..,
Super Homem sem capa… o Thor sem martelo… meu pai com o currião…
Ainda bem que o poço é fundo e findo,
Ainda bem que o jugo é leve…
E foste meu amiguinho imaginário…
Sentavas ao meu lado no ônibus do Jardim da Infância,
Ali cantaste comigo “ahaha seu José, tem cavalo e anda a pé…”.
E nas minhas provações, sempre sussuravas e sussurras: “Eu venci o mundo…”
E isso bate-me fundo, profundo demais, na minha excêntrica alma!
Jamais me abandonaste… nem nos instantes, nem nas eras…
E eu, ó meu digníssimo Senhor, te amo cada vez mais.
Sinto o meu coração tão pequenino para caber-Te…
E minha mente ainda tão infante, para absorver-Te…
Meu Jesus, aceite meu fervoroso esforço para ter-Te,
Aceita-me Senhor, meu coração quer ser todo teu…
E a maior batalha que combato é justamente o fato de saber que jamais me negaste, eu porém…
Dá-me aquela força necessária, para eu seja somente teu, incondicionalmente teu, meu amicíssimo e dulcíssimo Senhor!