Casebre D'alma
Retornei ao meu casebre, que cheira livros molhados e escritas melancólicas.
Depois de recusar a solidão tantas vezes, me vejo mais uma vez abraçado a ela, pois tudo que eu acreditei ter melhorado, não melhorou. O sentimento é fadonho, xoxo e repetitivo. Meus pés já estão calejados, cansados e dessa vez, essa batalha me deixou sequelas. Sim, quando retornei a essa casinha, retornei manco. A cada passo, uma perna arrastando com dor para lembrar o quão forte foi reconhecer minha solidão. O quão forte é reconhecer que estamos sozinhos. Promessas quebradas em guerras que não precisavam acontecer. E enquanto as pessoas retornam para os braços dos amados, eu me deparo na estaca zero. No escuro. Na vontade de largar o resto de vida pois quão cansativo é viver. Quão patético é conhecer pessoas que formam sentimento frágeis, e sempre partem. Sempre...
Meu orgulho ferido, ego mal amado e tristeza profunda retornaram a casinha da escrita. A casinha do lúdico. A mesma a qual pensei não mais precisar voltar...
Paredes poeticamente tristes.
O mau filho a casa torna.