Macarrão Dominical

O Fininho que Satisfaz!

Ele comeu duas folhas de couve crua, pitou um fininho para clarear as ideias e fazer borbulhar os neurônios, expectorou o peito com três colheres de mel com própolis, tomou uma caneca de café quente com um pãozinho besuntado com margarina e comeu uma taça de coalhada natural.

Bem seco,

Bem esmagado;

Bem enrolado,

Bem queimado;

Bem tragado,

Faz um bem danado.

E onde for fumado,

Ali jaz,

O sagrado Fininho que satisfaz!

Envenenado, fumado e com os olhos esbugalhados, colocou-se na estrada, em direção á obra.

Logo de manhã, uma laje de 100m2 o esperava para ser enchida de subjetividade; pois concreto, apenas as ilusões. Sendo assim, tudo Ele pode, no concreto subjetivo que o abre as portas da percepção.

Dentes aramados,

Vida leve,

Vida besta,

De concreto,

Sonhos armados.

Alam tirou a alma da lama e colocou-a na mala. Doidão, seguiu pulando feito mola; e com o fim do Auxílio Emergencial a obra foi junto e para sobreviver, pede esmola.

Eita Brasil que revela grandes atores.

P.S.: a inspiração veio-me, enquanto traçava uma pratada de macarrão com frango insosso nesta tarde de domingo. Não convido-o, porque é sobra de domingo passado.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 26/09/2021
Reeditado em 26/09/2021
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