Macarrão Dominical
O Fininho que Satisfaz!
Ele comeu duas folhas de couve crua, pitou um fininho para clarear as ideias e fazer borbulhar os neurônios, expectorou o peito com três colheres de mel com própolis, tomou uma caneca de café quente com um pãozinho besuntado com margarina e comeu uma taça de coalhada natural.
Bem seco,
Bem esmagado;
Bem enrolado,
Bem queimado;
Bem tragado,
Faz um bem danado.
E onde for fumado,
Ali jaz,
O sagrado Fininho que satisfaz!
Envenenado, fumado e com os olhos esbugalhados, colocou-se na estrada, em direção á obra.
Logo de manhã, uma laje de 100m2 o esperava para ser enchida de subjetividade; pois concreto, apenas as ilusões. Sendo assim, tudo Ele pode, no concreto subjetivo que o abre as portas da percepção.
Dentes aramados,
Vida leve,
Vida besta,
De concreto,
Sonhos armados.
Alam tirou a alma da lama e colocou-a na mala. Doidão, seguiu pulando feito mola; e com o fim do Auxílio Emergencial a obra foi junto e para sobreviver, pede esmola.
Eita Brasil que revela grandes atores.
P.S.: a inspiração veio-me, enquanto traçava uma pratada de macarrão com frango insosso nesta tarde de domingo. Não convido-o, porque é sobra de domingo passado.