Mini (ma)lista

Chiquinha vai de lacinho Rosinha

      Uma minoria de pessoas se perde, para se encoņtrar; o resto da humanidade se encontra, para se perder.

         Moral da história: conhecer-se em pormenores, é fugir, é dizer não às forcas da padronização e personalização impostas por uma sociedade dominadora. Corrupta. Aterradora.

    Essa é a diferença entre os minimalistas convictos e os influenciados pela mesmice contida na igualdade; e a recíproca é verdadeira.

A falta de planejamento e metas, e mesmo que listadas e não postas em prática, é passo de gigante em direção ao abismo financeiro. Mesmo porque, Eu não posso ser escravo de meu bolso; afinal, que estúpido sou Eu que questiono, combato o escravismo do homem sobre o homem, e mergulho de corpo e alma no escravismo tecnológico / maquinado imposto pelos países desenvolvidos. Quando isso acontece, é porque faltou uso racional dos olhos, do estômago, da mente; sobrando desajuste emocional. E, convenhamos, equilíbrio emocional faz um tremendo bem na vida, no dia a dia de qualquer um; ou tu conheces alguém que nega essa verdade?!

Boçalidade

O homem sempre foi e continuará sendo algoz de seu semelhante; mas nada se compara à exploração do homem contra a Natureza. Destrói, toca fogo, dizima a fauna e flora impiedosamente.

Franz e Burle Marx são exemplares de homens diferentes e raros; os quais flores, aves e animais não conhecerão outros que os defenda, tão cedo.

Portanto, corram, batam em retirada fauna e flora, porque o homem de modo geral é, insanamente, voraz. Bruto. Rude. Ferino. Boçal. E não há nada que lhe imponha limites.

Avante ao precipício, Natureza!

Com o perdão de Deus...

Porque o lúcifer faz peraltices, trapalhadas, endemonia, empurra o descuidado para o ostracismo, mas certamente, não entende de arte. Sobretudo, porque apenas a arte permite a insanidade, a lucidez e a visão iluminada dos misântropos; e não há nada: nem a  família, nem o sistema político, nem os antropófagos sociais, nem o poder do dinheiro impõem regras, decretos e procedimentos corretos ao seu trabalho, à sua obra, pois acima de tudo, sua alma é, humanamente arredia. Rebelde em essência.

       Tudo isso e mais um pouco, faz parte do místico, visionário, indizível Zé Ramalho. Cada letra, um poema; cada poema, uma imersão no abismo incongruente, inóspito, indiferente coração humano; pois nas entrelinhas, Ele pontuava que reinventar o homem, era preciso! Agora, exatamente nesse instante, diante de tantas tragédias que estão acontecendo, diante de tantos esqueletos esquálidos aniquilados e lançados por terra, por um simplório, eficiente, didático e competente vírus, mais ainda.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 21/04/2021
Reeditado em 23/04/2021
Código do texto: T7237249
Classificação de conteúdo: seguro