Sobre a subjetividade
É interessante notar que quando o termo “subjetividade” é proferido, temos o costume de imediatamente traçar um paralelo de diferenciação do conceito de “subjetivo” com seu suposto oposto “objetivo”. Assim destruímos a essência singular da “subjetividade”, ao propormos um contraste com aquilo que julgamos ser a personalização da clareza absoluta. Contudo, pensar na subjetividade é um ato que está muito além da simples correspondência com a objetividade, se pensarmos por exemplo, no conceito de “subjetivo” com um eixo central de análise pautado na linguagem gramatical, podemos notar que a característica de algo “subjetivo” está fortemente relacionada ao sujeito de uma oração. Por exemplo, ao estudar orações subordinadas substantivas subjetivas, o termo “subjetiva”, não está vinculado necessariamente à ideia de algo subentendido ou de múltiplas interpretações abstratas, mas sim ao sujeito da frase em questão, com toda a sua mistura de superficialidade e complexidade. Ou seja, a subjetividade está ligada ao ser de quem se fala sobre algo, e em última instância, da existência em si. A partir de então, ser subjetivo não é contradizer a assertividade do objeto, mas sim, somente ser.