A MULHER QUE GOSTAVA DE TOMAR UM TRAGO...

Nua e gostosa, dava de comer

Aos animais selvagens.

Eles lambem seus peitos,

Gastam-lhe o sexo docemente,

Alimentam-se

Dessas carnes mais profundas.

Ao amanhecer, ela fecha suas pernas.

Os animais gemem a princípio,

Rugem depois,

Despedaçam-na com suas garras.

A bela indiferente diz:

Até amanhã! E dorme.

Os animais, de guarda, protegem

Seus despojos.

Eu invento um rio de álcoois profundos...

Tácito

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 15/01/2021
Reeditado em 15/01/2021
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