Devaneio Andradense
Sem máscara,
Desafiando a Covid-19
Mais ou menos no meio das armadilhas espiraladas da montoeira de lixo,
Tinha um Rato.
Um criado Dom Rato ressabiado,
Havia no meio do monturo.
Olhamo-nos,
Olhos nos olhos.
Ele calado,
Eu admirado,
Meu cão assustado,
Com a passividade dos gatos sem botas,
Acostumados.
O mister do lixo farejou,
Lambeu os beiços,
Torceu o focinho,
Como quem come e não gosta,
Dando a entender que estava farto,
E enveredou-se pelo túnel lixeirento.
Não, não se despediu,
Deu meia-volta e sumiu nos escombros.
Para edificar túnel de Ratazana,
Laboratórios de Ratos,
Nas Universidades do Saber não ocupa lugar,
O engenheiro / poeta tem que se diplomar.
Tudo isso aconteceu,
Enquanto passeava com a gurizada catarrenta,
Numa manhã ensolarada.
Entre as teorias da psicologia,
Sociologia,
Filosofia,
Ciências Políticas e demais áreas do estudo humano,
Acredite nas armadilhas da mente,
Resultando em ingratidão e traição humana.
Se decepcionarás menos e por consequência, viverás melhor e mais leve!