Obra de arte inacabada
Bem antes de Nietzsche, o poeta lírico grego Píndaro nos alertara: “Torna-te aquilo que tu és”.
Mas como tornar-me aquilo que sou se nem mesmo sei, a priori, quem sou?
Cada pessoa deve ter a ousadia de olhar para dentro, escutar a si mesmo, silenciosa e profundamente, a fim de haurir do seu interior energias ainda desconhecidas.
Desde a nossa concepção estamos em construção. Somos uma verdadeira obra de arte inacabada, pois estamos num perpétuo vir-a-ser. Cada um é único. Não podemos permitir que as ondas e a moda do momento - a massificação e a superficialidade - sequestrem a nossa subjetividade e nos façam clones, sem identidade nem singularidade.