MÁSCARAS IX

Três Máscaras me escondem

cotidianamente, dizendo,(sugerindo?)

Tudo que sou:

A do MISTÉRIO, sei lá, diz o que sou,

com meus segredos

sucumbidos e desmensurados;

A OBSCURA, outra que traduz de mim,

coisas que não passam de um obscuro;

A INCÓGNITA, como as duas primeiras, me coloca

nos dispersos espaços, e decadente fico,

pelos fios da vida, que vão esvaindo-se

desse meu semblante,

sulcado no sofrimento!

Em resumo, tudo é nada,

assim como sinto-me

um nada, do ontém ao hoje,

do hoje ao amanhã.

Ou seja, EU!

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 17/07/2020
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