MÁSCARAS VI
No espelho,
vejo um rosto, uma máscara.
Há muito olhando o passado,
o que ficou nos dias do tempo.
Olho o sol.
Horizonte distante,
nuvens escuras.
Só ele vermelho,
apenas... Distante.
Na rua, num vai-vem,
pessoas passam
sem rostos também.
Olham o chão,
anoréxicas de felicidades.
Volto ao meu mundo.
Ninguém diante do espelho,
busco o sol, agora perdido
no escuro profundo.
Volto anônimo às ruas.
Pessoas também sem rostos,
mascarados amigos,
ninguém ouve minha voz.
Falo aos monumentos antigos.
Não possuo mais
apetite de alegrias,
também olho o chão...
Assim como os outros,
ouvindo somente o coração.
T@CITO/XANADU