MÁSCARAS II

Olho para vida,

sem nada ver.

Exilo-me da vida

sem nada levar.

Meu rosto encoberto,

caminha sem rumo.

Banido do mundo,

Fugindo de olhares.

Anônimo do mundo

sem nome

sem forma

vagando no submundo.

Na máscara azulada fica

o riso da música surda.

Havia brilho, havia cor.

Havia ainda a ausência do meu rosto.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 10/07/2020
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