MÁSCARAS I
Doravante será preciso que eu vista minhas fantasias, para que eu seja de súbito reconhecido. Pois, sou uma múmia quando descanso minhas máscaras.
Querem logo levar-me à necrópsia, para estudarem a origem da minha transitória efemeridade, quando refletido em um espelho.
Talvez, desligando-me das pessoas que me olham, e das outras pessoas dentro de mim (que me olham também), eu consiga me ver um dia, e não apenas fingir uma ilusão infinita da realidade ora fugidia.
T@CITO/XANADU