Devaneios deste dono de casa 1
Sim, dono de casa... saindo desse cenário machista de “Dona de casa” que é a mãe, que parou de trabalhar pra se dedicar ao lar. Cada pessoa, dentro de sua residência, é dono daquilo, mesmo que uma parte mínima. Se é Seu lar, sua residência, também é seu!
Deste principio em diante, desde que me mudei para a casa de minha parceira, tenho participado mais desse papel de dono, e sempre durante esses a fazeres eu me desligo um pouco do que estou fazendo e começo a pensar.
O resultado da limpeza não é tão satisfatório, porém dos pensamentos também não... quem faz duas coisas ao mesmo tempo, faz uma completa, duas metades de cada coisa.
Resolvi materializar esses pensamentos, e como minha preferência de manifestação artística é a escrita, cá estou!
Não sei como será o padrão de escritas, nem sei se terá um, esse é um dos motivos disso, uma forma de me desprender um pouco do controle mental.
O pensamento de hoje foi muito voltado nisso, o quanto eu me controlo, e me auto saboto?
Hoje, depois de várias semanas de frio, trabalhando em casa, foi o primeiro dia que eu descobri que às 15:00 a água da torneira fica quentinha.
Só descobri, pois, tive uma consulta com oftalmologista e estou de atestado, como a pupila está dilatada, não retornei ao trabalho para não forçar a vista (e acabei forçando-a de qualquer forma vindo até aqui)
Mas voltando ao assunto... Quer dizer, faz pelo menos uns 25 dias que eu não lavo louça esse horário, preguiça? Procrastinação? Sim, um pouco de cada, mas o pior, controle!
Pq controle? Sim! Controle... De alguma forma eu condicionei meu cérebro a fazer algumas coisas e outras não, por exemplo, sempre uso a desculpa de estar trabalhando para não lavar a louça. Algo que consome no máx. 15 minutos. Mas sempre que eu quero ver um vídeo, ou ler uma matéria ou até mesmo pesquisar um produto, não ligo de parar 10 minutinhos para dar uma olhada. Esse controle age de maneira negativa em vários aspectos, mas o principal não é a procrastinação em si, é o quanto eu a mascaro para mim mesmo, o quando eu a deixei se enraizar em mim e o quanto eu ainda a permito aparecer.
Hoje eu consegui quebrar a barreira e enfrentá-la frente a frente, consegui sair de uma posição terrível, que eu não imaginaria ter comigo. Auto vitimismo! Que patifaria, tentar barganhar comigo mesmo no vitimismo? Por fim, disse a mim mesmo algumas verdades que precisavam ser ditas há tempos, mas sempre procrastinava esse pensamento, sempre para depois até esquecer...
Me fez bem! Por fim, lavei a louça, o quintal, separei as roupas e passei aspirador!