METÁLICA
Sobre as puras estruturas
Olhos saltam
Parábolas de sonhos
Insensíveis e quase dissolvidos
Pela umidade pestilenta
Dos pântanos imprecisos.
Nervos crescem
Comprimidos em becos escuros
De cansaço e solidão.
Compreendo, agora, o balbucio silente
Da mensagem de um gato
Que a madrugada enviou
Aos notívagos, que também,
O compreendem.
Seja feita a vontade da noite,
Voluntariosa e misteriosa,
Nas perdidas divagações oceânicas
De bêbados e prostitutas;
Da noite de abôrto de saudades e solidão.
Tácito