SACO...!

Há a opção de sair de casa

Mas já perdi o jeito

Não tenho o dom da boemia

Há o livro de cabeceira

Porém, o texto me recusa.

Há a maquininha de fazer doido

Resumos cotidianos e contemporâneos

Terremotos, epidemias, enchentes

Gente sem casa, casa sem gente

Humilhação e desespero doído.

Estamos quase em Setembro

A primavera será em breve

Já sinto a vida em festa

Da ultima ainda me lembro

Cores e perfumes, ainda nos resta.

Agarro-me ao invisível

Mas vou indo de encontro ao inexorável

Sem saber porque, emudecido.

Ensejo de felicidade

Num mundo despresível.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 19/05/2020
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