A QUÍMICA DO AMOR
AMAR, reação química que tem começo meio e fim e que inexorávelmente vai acabar com este Tácito e inaugurar outro Tácito trocando os pés pelas mãos. Teus olhos tua boca são matéria sao carnes nervos e fibras. És substância química circulando e agindo em retortas, animada por algo que chamam vida, és reações que podem ser feitas em laboratório. E quando te chamo de você e quando digo que te amo, falo também dessas moléculas, dessa cor que tens nos olhos que é o reflexo da luz em pigmentos, sei lá, falo dos líquidos que contém 1g, e conduzes, falo dos cabelos que, estirados em células mortas balançam com qualquer samba. E embora turvo, vejo que a faísca e a química não me atrapalham, antes entendo sua presença e vislumbro o que realmente chamo de você. Você é o resultante reacionário, é o que eu amo. Sintetizei o mágico cântico dos corpos sem experimentar apenas aprofundando no insondável da tua alma onde tudo começa e tudo termina. Na luminosidade do teu esplendor fiz o invisível visível, me fiz criança brinquei com as estrêlas na tua luz.
T@CITO/XANADU