TÉDIO
Ficar ao teu sol,
ao teu sul
descuidado.
Talvez você me ame
às duas da tarde.
Quente demais,
terceiro andar
zumbido interrompido,
bate a môsca no vidro,
tec! Pluft.
Devo ir ao Dentista
arrumar um dente...
Tenho mêdo de ladrão,
suei frio.
Pensarei numa solução...
Olhar fixo no teto,
imagino como abordá-la...
Devo ir pelos peitos?
Devo ir pelos flancos?
Qual deve ser o caminho?
Penso no calor,
rubor, amor...
Quero ficar sem ar,
nenhum ruído para ressoar.
Ardo feito febre...
...Não tenho cigarros,
nem amor para te dar.
Ligo o rádio,
toca baixinho...
Desisto, desligo.
O silêncio:
Há muito
não te ouço
minha doce
Canção!
T@CITO/XANADU