Rememorando
É ex-detento, nos ano 70 sua majestade parou indústrias, manipulou a massa, criou sindicatos aos montes para defender vagabundos, instituiu as greves, destruiu a economia, era contra todo e qualquer tipo de investimento, tocou o foda-se geral no país e como não bastasse, ludibriou os militares, mas agora está sumido debaixo da cama, escondidinho comendo quieto, com medo do Corona.
Ouvinte de Chico Buarque, apareça com o falante na mão e cante: "olha o malandro na praça, outra vez". Ou esqueceu da Ópera do malandro escrita pelo seu capanga?
Não sou contador de misérias, mas duvido muito, é impossível o Corona tombar mais gente no Planeta que a Káti'acha Caninha 51 em copo sujo; que o ex-presidiário disse em seu tempo, a aguardente seria o uísque de nacionalidade brasileira.
É ex-detento, uma vez que sua consciência não tem poder para tal, quem acompanha política e a História do país te julga. Mais: condena!
Só quem não leva em conta a veracidade dos fatos, ou faz parte de sua confraria, que o tenha como salvador da pátria; e não pague nada por suas falácias.
É ex-presidiário, sua ficha é extensa, para o filme curta metragem exibido sobre você, nos cinemas, teatros e escolas. Tu és raposa velha, em contato com o galinheiro.
Arrogância
Com o fechamento dos botecos, estádios de futebol, sambódromos, praias e outras praças de lazer mais, tenho notado muitos seres pertecentes à nacionalidade brasileira insubstituíveis, raros, ilustres, únicos em tudo; tal qual técnicos de futebol, cada um com suas teses e teorias mirabolantes (apenas teorias e teses) para salvar o país e resolver os problemas num piscar de olhos, razão pela qual, digo sem pestanejar, que sem valor e inútil no meio da massa, só Deus; porque a passarada, foi extinta pelos traficantes de animais silvestres.
Eu que não sou cátedra em nada, por sinal, faço questão de morrer aliado à ignorância dos mais ou menos cultos, fiz questão de repassar pilhas e pilhas de livros atemporais, até que apareceu-me à memória um conto sobre o ilustre personagem da época, datado de 1918. Logicamente o leitor já sacou quem é, mas se está divagando em lembrar o nome do protagonista, digo que é Jeca Tatu.
Sem tantos floreios, vou ao que interessa, relatando que naquele dia, Jeca Tatu estava mal, mas tão mal que aceitou ir à farmácia - hospitais e médicos eram carestia - tomar alguma coisa para aliviar-lhe a dor e sofrimento.
Precariamente, o famacéutico - naquele tempo o que mais haviam eram curandeiros - que passava por médico receitou os remédios e as orientações de como tomá-los. Jeca Tatu via e ouvia cético, incrédulo ao recomendado, mas quando a dor e a morte batem e assombram a presa, salve-se quem puder.
Sua indiferença ao tratamento leva-o acreditar que a doença que debilitou-o, não foi causada por uns bichinhos que estão no ar, nas águas e entram no corpo pelos pés, pela boca, pelos buracos abertos, etc.
Jeca Tatu só acredita dos malefícios de homem descuido da roça, quando o suposto médico lhe mostra através da lupa, o que deixa o capira de chapéu torto, bigode amarelecido pelo pito e urucum, estarrecido. Apavorado. Em polvorosa.
O médico então lhe diz: “Pois é isso, sêo Jeca, e daqui por diante não duvide mais do que a ciência disser.
- Nunca mais! Daqui por diante nha ciência está dizendo e Jeca está jurando em cima! T'esconjuro! E pinga, então, nem p'ra remédio”.
O conto vai desenrolando-se até que o escritor, encerrado-o com a seguinte orientação:
"Meninos: nunca se esqueçam desta história; e, quando crescerem, tratem de imitar o Jeca. Se forem fazendeiros, procurem curar os camaradas da fazenda. Além de ser para eles um grande benefício, é para você um alto negócio. Você verá o trabalho dessa gente produzir três vezes mais.
Um país não vale pelo tamanho, nem pela quantidade de habitantes. Vale pelo trabalho que realiza e pela qualidade da sua gente. Ter saúde é a grande qualidade de um povo. Tudo mais vem daí".