Eclipse de amor

No dia em que a lua, a terra e o sol se alinharam perfeitamente através de um eclipse, nós nos (re) conhecemos. Como uma história que começa dessa forma poderia ser algo menos que amor? Como um reencontro de almas poderia ser algo menos que uma conexão atrelada ao destino? Como acreditar que meus sonhos românticos mais utópicos poderiam se realizar? Depois de tantos desabamentos e tantas metamorfoses não previ que me tornaria uma borboleta. Muito menos ousei imaginar que encontraria meu panapanã! Mas agora eu entendo os planos do universo. Tudo estava predestinado e foi criado por nós, duas artistas que percorreram inúmeras existências juntas, lado a lado, que agora se reconectam na missão final, de reparar os desalinhamentos do passado para cumprir o propósito inicial. Que privilégio o meu ter a oportunidade de continuar te amando. Nem que eu viva mais mil existências serei capaz de minimizar o impacto que a tua presença causa em mim. Enquanto aguardo a tua metamorfose final acontecer e alimento a minha alma com tudo àquilo que te reencontrar me revelou, vibro em confiança para que no fim dessa quarentena nós possamos novamente nos conectar. Nosso afastamento foi tão descabido que o universo usou uma pandemia para ajustar nossos destinos. Uma história que inclui dois fenômenos como esses não pode ser esquecida, não importa o quanto a gente tente.

Rafaela Andrade
Enviado por Rafaela Andrade em 28/03/2020
Reeditado em 28/03/2020
Código do texto: T6899894
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