A Popular Idade...

Contrário do que denominam, eufemicamente, como Terceira idade, a popular idade é após os 60 anos; idade que o fulano está aposentado, com os filhos criados, pode se dar ao luxo de sentar em bancos de praça para cuidar de netos e animais domésticos, brincar de jogar pedrinhas, como se fossem bolinhas de gude; alimentar pombos e pardais, tomar uma birita no boteco e pagar a olhos nus; fumar cachimbo novelando os dedos polegares um ao redor do outro, sentado confortavelmente numa espreguiçadeira; presentear os netos com camisas de clubes de futebol; e quando pensante, escrever em gambiarras a revolução humana, para o Recanto das Letras, etc.

Sobre o que escreve, ingenuamente e por que não qualificá-lo como escritor idealista, pensa que fará efeito positivo sobre o leitor; que por sua vez, pensa exatamente, antropofagicamente, milimetricamente, idealiza minuciosamente, geometricamente igual ao escritor lido, pois, chegaram ao ápice da vida sob as mesmas condições. E as experiências no decorrer do ciclo vital prenunciam as boas novas; mas apenas prenunciam.

Após 60 anos, o fulano é um inútil, utilitário, usufruindo das benesses conquistadas; isso quando se trabalhava 35 anos de Carteira assinada. Por que de agora em diante, com a Ref. da Previdência, bau-bau, sossegado Juvenal. Aposentadoria só quando Cristo, o Messias Prometido, representante de Deus, voltar ao Brasil.

Diziam os antigos que não conheceram a tal Popular idade, que "Toda e qualquer boa vida, faz morada, tem endereço fixo e finda seus segundos de existência, em prato raso". Faltou dizer qual material foi feito o prato raso, porque se for fabricado com material altamente frágil, por exemplo cristal, risco iminente de quebrar. Aí...; adeus Popular idade; restando apenas o cemitério como ressureição.

Lambisgoia

O animal que mais trabalha, operoso incansável, transformador do Meio Ambiente, é a Excelentíssima Minhoca. Sim, é a inócua minhoca, pertencente à família dos anelídeos.

Segundo Maniqueu, a interação entre os seres na Terra é uma constante batalha dual, portanto, em tempo, a água combate o fogo, o diabo é opositor a Deus, o bem e o mal batalham para ocupar o mesmo espaço, a verdade que não pode ser dita e a hipocrisia do charlatão berrada, os líquidos que não se misturam, o mel que tenta adoçar o amargor do fel; e se há o melhor, o animal mais profícuo, há também o pior.

Quem será esse ser ecologicamente incorreto, que sempre se gaba, dizendo que seus nobres atos estão dentro daquilo que ele define como politicamente correto?

Porém, vou abster-me de tal acusação; no entanto, se o leitor não conhece-se, a si mesmo, como dica, o pior algoz da Natureza é um tremendo pilantra, usurpador inveterado, um baita canalha sujador das águas. Águas as quais, ele "recupera" por meios químicos, enche os potes, lava carros, calçadas e animais domésticos; e o mais sábio, serve-a como líquido da vida para seu filho para beber.

Deveras Maquineu, nesse embate terreno nada amigável, o que nasceu errado, não pode dar certo, nunca.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 25/09/2019
Reeditado em 03/10/2019
Código do texto: T6753467
Classificação de conteúdo: seguro