Um abraço ao caos.

Não sei se me perco

no abraço ao desconhecido,

no desequilíbrio desse caos,

ou se me cerco

nesse mundo reduzido

na ordem que me paralisa.

Nesse medo de abraçar

agiganta-se a existência

do impossível;

Toma corpo e alma corroi

no previsível.

Apequeno-me na abrangência

do nada temível.

Uma inexistência em movimento;

Uma ilusão básica na vida.

O resultado lógico das arestas

que se filtram nas tangências.

Não sei se me perco nesse gozo

ou se a adrenalina é apenas cálculo

resultante de minha resistência.

Não sei se existo no desconhecido.

Temo a inexistência ou a morte?