Infimidade da Dor e do Ser

Somos tão pequenos. Tão minúsculos e insignificantes diante da imensidão do nosso mundo e o nosso mundo diante da imensidão do universo.

Do que importa toda a dor ou todo amor que sinta? Do que importa todos os seus problemas e aflições? Diante de tudo o que a humanidade já foi e é capaz de sentir em somatório, do que importa o que vc carrega consigo?

O tempo se arrasta e as questões permanecem as mesmas. Nossas preocupações giram basicamente em torno de nós mesmos. Mas como pode algo tão ínfimo se tornar a coisa mais importante no mundo?

Não pode, e por isso somos cegos. Talvez ao sofrermos, devêssemos parar e perceber que não há nenhum motivo plausível o bastante. Todas as coisas que ocorrem seguem apenas o fluxo natural de sua ocorrência. Os seres vivos tendem a morrer e a vida tende a renascer. Nada para, tudo muda, mas temos medo de nos perdermos no caminho. Sem atentarmos contudo, que nunca nos tivemos.

Onde estou eu se não no aqui e agora? Onde estou eu se não sou capaz de perceber o meu entorno e quando o percebo, apenas lhe atribuo as características conforme minhas capacidades e necessidades? Somos incompletos, mas talvez nossa incompletude gere nossa maior dádiva que é a capacidade de buscar mais, para além de nós.

Talvez o outro nos sirva de completude afinal, a não ser que não se permita enxergá-lo como é.

As pessoas ensinam pela sua experiência. A natureza ensina pelo seu silêncio, basta escutar e lhe falará muito sobre você mesmo.